O Selo Verde é uma certificação que valida empresas, fabricantes e serviços que adotam práticas e procedimentos sustentáveis. Trata-se de uma forma oficial de comprovar produções e operações socioambientais responsáveis, assegurando a proteção e a continuidade dos recursos naturais e da saúde humana no planeta. A presença do Selo Verde em produtos, sites e comunicações institucionais não apenas garante ao consumidor que se trata de uma marca responsável, mas também se torna um diferencial competitivo. Uma pesquisa da Eureciclo, embasada por dados da consultoria McKinsey & Company, revela que a utilização de selos em rótulos tem potencial para aumentar o volume de vendas de um produto em cerca de 10%.
Diversas certificações estão disponíveis para empreendedores brasileiros. Entre as principais, destacam-se Rótulo Ecológico (ABNT), Leaping Bunny (Cruelty Free International), Cruelty Free (People for the Ethical Treatment of Animals), FSC Brasil (Conselho de Manejo Florestal) e Eureciclo. É possível obter essas certificações de duas maneiras. No modelo por concessão de entidade externa, a empresa deve entrar em contato com as certificadoras responsáveis pelo selo de interesse e se submeter a uma avaliação rigorosa. Já na autodeclaração, o próprio negócio atesta que seus produtos seguem as normas sustentáveis exigidas. O ponto-chave para conquistar um Selo Verde é estar alinhado às normas ambientais do seu setor. As boas práticas recomendam um estudo aprofundado sobre o negócio e seus produtos, permitindo identificar a certificação mais adequada. Em seguida, é essencial entender os critérios específicos do selo e fazer as adaptações necessárias antes de solicitar uma avaliação.
Em 2024, o Governo Federal instituiu o Programa Selo Verde Brasil, estabelecendo uma estratégia nacional de certificação para produtos e serviços que atendam a requisitos ambientais específicos do país. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Selo Verde Brasil será voluntário e poderá ser concedido com base em critérios como rastreabilidade da produção, pegada de carbono, resíduos sólidos e eficiência energética. Os comitês consultivos e gestor do programa já estão em reunião, e a previsão é que um projeto-piloto seja publicado ainda no primeiro semestre de 2025.