Com um número cada vez maior de pessoas utilizando ativamente as mídias sociais, a chamada creator economy está sob os holofotes. Baseada na criação de conteúdo, engloba influenciadores digitais, blogueiros, ativistas, podcasters, artistas, músicos e até atletas. Esse mercado já movimenta US$ 250 bilhões e tem potencial para crescer mais de 90% até 2027, aponta a Goldman Sachs Research (2023).
A Pulso Creators é a primeira agência de criadores de conteúdo full service do sul do país e especializada na região. Alinhada ao Grupo RBS, trabalha para oferecer potencial e inovação em marketing de influência ao mercado. À frente dos times envolvidos estão os profissionais Gabriela Frühauf, diretora-executiva e estratégica, Arturo Garziera, diretor de operações e mercado, e Vanessa Musskopf, head de estratégia e conteúdo.
Em entrevista, a diretora-executiva e estratégica da Pulso Creators comentou a respeito da jornada e do potencial dos criadores de conteúdo para as estratégias de marketing digital das empresas.
Como o mercado de creators e influenciadores se desenvolveu ao longo do tempo?
Gabriela Frühauf: Trabalhando nesse meio desde 2008, vi tudo acontecer – desde o momento em que não cobrava-se nada até a atividade se transformar em carreira. O que observo é que o cenário cresceu em função da voz das pessoas, que forçou empresas a olharem para esse movimento. De forma geral, o que ocorreu é que essas vozes trouxeram um novo e importante formato de comunicação para o mercado. Logo, as marcas perceberam o quanto isso poderia trazer resultados efetivos para suas campanhas de marketing – dada a alta taxa de conversão relacionada à indicação de amigos, por exemplo. Desde então, esse ecossistema tem se ampliado, assim como o leque de fornecedores.
Qual é a melhor estratégia para usar o conhecimento dos creators em campanhas de marketing?
Gabriela Frühauf: Essa dinâmica vai depender muito do quanto as marcas estão abertas para co-criar. Podemos, por exemplo, montar um squad ativo com o cliente, que pensará nas problemáticas, nos objetivos e nas campanhas da marca. É possível fazer testes de campanha antes de colocá-las na rua ou mesmo montar um sprint criativo, de onde pode nascer um novo produto ou uma nova embalagem. Tudo isso usando a inteligência dos criadores. É importante ter em mente que os creators estão prontos para co-criar, indo além dos briefings prontos. É por isso que tudo depende da marca identificar problemas e objetivos e trazer a demanda. É a partir disso que a Pulso trabalha sua análise estratégica e oferece a melhor abordagem para resolver as questões do cliente.
Por que é importante criar conteúdo de valor nesse mercado?
Gabriela Frühauf: Quando se fala em creators economy, há um caminho gigantesco e um mundo à parte que pode ser trabalhado. Vale destacar que a ideia não é extinguir a “publi” clássica, pois o modelo continua sendo importante para campanhas pontuais e ainda será muito utilizado. O ponto é que podemos dar um passo à frente e ampliar esse mindset, pensando em outros formatos que possam agregar mais às marcas. Entre as possibilidades estão clubes de leitura, palestras, newsletters, levantamento de dicas e tendências para blog ou site, webséries, podcasts, entrevistas, lives, presença em eventos e experiência com produtos. Tudo isso feito com convergência digital – isto é, chamado nas redes sociais antes, durante e após a campanha, divulgação, cobertura e outras abordagens online.
Qual é o potencial desse mercado para o futuro?
Gabriela Frühauf: Ele tem uma capacidade enorme, considerando como a voz das pessoas pode contribuir para os resultados das marcas. O público consegue expor suas experiências de maneira cada vez mais autêntica e real, e a audiência gosta de acompanhar o que é real e verdadeiro. Isso é extremamente vendedor e gera muita conversão para as marcas, até porque tem um link direto com a internet. Então, a pessoa pode clicar em uma campanha e ir direto para o site da loja, por exemplo. Isso oferece uma jornada de usuário mais fácil e rápida para conversão. Por isso, há um potencial muito grande para crescer e profissionalizar esse mercado tão promissor.
Como a Pulso Creators visa continuar fomentando e democratizando esse mercado?
Gabriela Frühauf: Somos uma full service que atua do topo ao fundo do funil de vendas. O principal objetivo é trabalhar com a análise estratégica de performance para ajudar as marcas nesse novo segmento de comunicação. Mais do que isso, levamos o fator diversidade para além do discurso, trazendo essa característica tanto para a equipe quanto para o próprio casting da agência. Por ser uma empresa alinhada ao Grupo RBS, podemos também contribuir com inteligência e estratégia em projetos integrados, alinhados à força da influência da voz das pessoas.