Thursday, 30 de August de 2018

Fórum Respostas Capitais conta como Sicredi deu salto digital no cooperativismo

Edição especial na Expointer destacou relevância do crédito para o produtor rural
Fórum Respostas Capitais. Crédito: André Ávila. Fórum Respostas Capitais. Crédito: André Ávila. De pequenos a grandes municípios, o Sicredi tem presença física em 92% das cidades gaúchas. Crescendo 20% ao ano – enquanto o mercado avança cerca de 3% –, é o 10º maior grupo financeiro do país. A cooperativa combina uma trajetória centenária, que começou em 1902, com a tecnologia – tendo lançado há poucos meses uma plataforma digital para abrir e movimentar contas, além de dar assessoria aos clientes. Essa história foi contada nessa quarta-feira (29), na Casa RBS na Expointer, em edição especial do Fórum Respostas Capitais. A jornalista Marta Sfredo, da coluna +Economia, conduziu a conversa com João Tavares, presidente-executivo do Banco Cooperativo Sicredi, e Gerson Ricardo Seefeld, diretor-executivo da Central Sicredi Sul. Para Tavares, a lógica do ambiente digital tem muitas similaridades com o conceito do cooperativismo, o que ajuda a explicar a evolução da empresa. — O movimento cooperativo nasceu porque era a alternativa que existia: se juntar e resolver problemas comuns. Isso tem tudo a ver com o que acontece no mercado digital. Ninguém espera a solução de uma grande organização. São as pessoas que se unem, compartilham e fazem acontecer — destacou. Ele acrescentou que o Sicredi faz hackathons para criar projetos com impacto social positivo. A próxima maratona de programação ocorre a partir desta sexta-feira (31), na PUCRS. Customização para o cliente — A proximidade com o associado também é um dos diferenciais do Sicredi, segundo Gerson. Para ele, isso permite que o atendimento se adeque a necessidades específicas. — Numa cooperativa, o crédito é formatado para atender o associado. Nossa preocupação é que ele seja customizado para as demandas locais. Em uma grande instituição financeira, isso é feito de forma generalizada — disse o diretor-executivo, explicando a importância disso no contexto da produção rural. Ele também destacou que o direcionamento desse recurso busca priorizar a promoção do desenvolvimento local. E, para que o crédito seja bem utilizado, a empresa realiza ações de educação financeira entre os associados. Passado e futuro — Para Marta Sfredo, o Sicredi é um bom exemplo daquilo que se vê na Expointer: “um pé na terra e a cabeça no futuro”. — Foi um bom momento para conversar sobre uma empresa que todos gostaríamos que fosse a síntese da economia do Rio Grande do Sul. Tem uma tradição muito forte, nascendo quase no século retrasado, mas que também conseguiu fazer sua evolução para o futuro e hoje tem um banco digital — sintetizou a colunista de Zero Hora. Reunindo empresários e convidados, o Fórum Respostas Capitais já está em sua 15ª edição. O evento promove uma entrevista interativa com personagens que pensam e fazem a economia. Desde novembro de 2015, foram entrevistados nomes como José Galló, presidente da Lojas Renner, Ricardo Vontobel, sócio da Neugbauer, Clóvis Tramontina, presidente da Tramontina, Nelson Eggers, diretor-presidente da Fruki e Julio Mottin Neto, CEO do Grupo Dimed.