O caderno Cultura de Zero Hora apresenta uma série de publicações para lembrar os 50 anos do Golpe Militar. Até o final deste mês, o suplemento vai mapear os efeitos do golpe – e a ditadura que se seguiu – nas principais expressões culturais: música, cinema, teatro e literatura. Em zerohora.com, o Segundo Caderno relaciona obras que chegam às livrarias sobre o tema. Também estão previstas as publicações do caderno Dinheiro, no dia 23, sobre o impacto da ditadura na Economia do país, e de um caderno especial e webdocumentário, no dia 30 de março.
Um dos principais autores sobre o período da ditadura no Brasil, o jornalista Flávio Tavares, e o músico e compositor Nei Lisboa são os convidados de ZH para um debate no dia 25 de março, às 19h, no StudioClio, em Porto Alegre. O encontro, aberto ao público, abordará o tema
O impacto da Ditadura na Imprensa e na Cultura e será conduzido pelo jornalista Rodrigo Lopes. O evento marca a estreia da série
Com a Palavra, que, ao longo deste ano, vai aproximar jornalistas e pensadores de diferentes áreas, para debater e aprofundar assuntos da contemporaneidade com a comunidade em campos como a história, a arte e as ciências.
A primeira edição do evento é uma realização de Zero Hora, StudioClio e GetPremium. As inscrições começam no próximo sábado (15) e os interessados devem enviar um e-mail com o nome completo para
comapalavra@zerohora.com.br.
Sobre os convidados do primeiro debate Com a Palavra de ZH:
Flávio Tavares lança no dia 27, em Porto Alegre, o livro
1964, o Golpe. Com a íntegra da transcrição de documentos do governo dos Estados Unidos, a obra mostra como avaliações do embaixador americano no Brasil sobre o “perigo comunista” contribuíram para criar um ambiente favorável ao golpe. O jornalista recebeu o Prêmio Jabuti em 2000 pela obra
Memórias do Esquecimento, e em 2005, por
O Dia em que Getúlio Matou Allende. Também foi o último jornalista a estar com Jango no Palácio do Planalto.
Nei Lisboa lançou o disco
A Vida Inteira no final de 2013. O artista começou a circular na cena musical de Porto Alegre na época do
Deu Pra Ti, Anos 70, título de um filme e show com artistas locais feito a partir da insatisfação da juventude com a vida sob a ditadura. Gravou seu primeiro disco,
Pra Viajar No Cosmos Não Precisa Gasolina, em 1983, um marco da música pop do Sul do país. Na carreira, gravou 10 discos e publicou dois livros, um editado no Brasil e na França. O músico é irmão de Luiz Eurico Tejera Lisboa, que desapareceu em 1972, sendo o primeiro corpo de vítimas da ditadura a ser encontrado em 1979.