Monday, 3 de June de 2013

Zero Hora reúne fichas do Dops gaúcho em reportagem especial

Banco de dados online dá acesso a 4,6 mil cadastros da ditadura no Rio Grande do Sul

Banco de dados online dá acesso a 4,6 mil cadastros da ditadura no Rio Grande do Sul

Parte da história dos anos de chumbo e de personagens da vida brasileira são destaques de Zero Hora. O jornal publicou neste fim de semana (1º e 2 de junho) um banco de dados com 4,6 mil fichas de informações abertas pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e 500 documentos digitalizados pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, além de vídeos com depoimentos dos investigados. Na versão impressa do último domingo (2), a reportagem reproduz fichas e ouve cidadãos notórios opositores da ditadura, gente que sequer sabia que era fichada e até aliados do regime militar que eram espionados. A matéria traz também entrevistas com historiadores que estabelecem o contexto histórico dos fichamentos.

Em zerohora.com, 11 vídeos acompanham o banco de dados. No primeiro, a historiadora da UFRGS Carla Rodeghero conta como funcionava o aparato repressivo. Nos demais, os personagens entrevistados contam episódios com a ditadura militar. Para o leitor mergulhar nos arquivos do Dops, ZH dá acesso ao banco de dados a partir de um buscador que facilita a consulta por nomes ou por listas em ordem alfabética. A página está dividida em partidários, correligionários e notórios, como Dom Helder Câmara, Che Guevara, Dilma Rousseff, Leonel Brizola e João Goulart.

– O trabalho de Zero Hora traz à tona um manancial de documentos que muitos julgavam perdido na queima promovida em 1982, pelo governador Amaral de Souza. É um documento para guardar, reler, usar em escolas. Este material bruto agora está ao alcance do leitor, para que faça suas próprias pesquisas – recomenda Marta Gleich, diretora de Redação.

O leitor pode acessar o banco de dados no link: zhora.co/DopsRS.