Órfãos da Violência Doméstica trouxe à tona a situação das crianças que tiveram as mães mortas por seus companheiros
Após a publicação da reportagem especial Órfãos da Violência Doméstica (http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/pagina/orfaos-da-violencia-domestica) na edição de Zero Hora do último domingo (28), uma reunião de trabalho foi agendada em Brasília para discutir políticas públicas para tratar do assunto no dia 9 de maio, quinta-feira da próxima semana.
Participam do encontro a senadora Ana Rita (PT-ES), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher, e os especialistas das organizações não governamentais (ONGs) Cepia, CFEMEA, Cladem e Themis, que elaboraram o anteprojeto da Lei Maria da Penha. Na ocasião, serão mostradas as soluções dos especialistas consultados por ZH para o problema, incluindo o tratamento obrigatório para esses órfãos.
— Vamos discutir o que podemos melhorar para aprimorar a garantia dos direitos previstos na Lei Maria da Penha. Queremos incluir nesta conversa as sugestões apresentadas na matéria, com o objetivo de incluí-las de alguma forma na lei. Se não for na lei, em uma legislação que possa surgir como uma recomendação da CPMI — afirma a consultora da comissão e assessora da senadora, Carmen Hein Campos.
Com apuração realizada durante quatro meses, a reportagem da jornalista Kamila Almeida mostrou que, de 2011 para 2012, dobrou o número de mulheres mortas por seus companheiros no Rio Grande do Sul. Os registros mostram que 99 mulheres foram assassinadas por violência doméstica. Ao todo, 157 filhos ficaram sem mãe devido à agressão no lar.