‘Procura-se’ é a nova ferramenta disponível no site do Diário Catarinense, que surgiu a partir da série de reportagens “Órfãos do Brasil”, para ajudar mães brasileiras e filhos levados a Israel se reencontrarem 25 anos depois de terem sido separados pelo tráfico de bebês
O diário.com.br lançou uma ferramenta para auxiliar no reencontro de mães e filhos separados pelo tráfico de bebês, que ocorreu na década de 1980, no Brasil. A seção Procura-se, que oferece conteúdo em três idiomas – português, inglês e hebraico –, já disponibiliza o perfil de oito pessoas vendidas para israelenses e que esperam conhecer seus familiares biológicos brasileiros. No próximo domingo (12), o jornal vai trazer outra reportagem especial que contará a história de uma mãe que identificou a filha pelo jornal, 26 anos depois de tê-la vendida a uma quadrilha.
A ferramenta foi criada após a divulgação da primeira de uma série de reportagens intitulada Órfãos do Brasil, publicada no Diário Catarinense, desde 5 de agosto. O Procura-se será divulgado também em Israel, a começar pelo grupo de filhos que buscam por suas famílias biológicas em outros países.
Esta semana a repórter Mônica Foltran começou a receber várias ligações de mães que disseram ter vendido seus filhos à operação criminosa que agia na época e que expressaram o desejo de recuperar o contato. A idéia da página surgiu com a intenção de fomentar e divulgar a procura das mães e de seus filhos.
Para conhecer ou participar da iniciativa, basta acessar a página Órfãos do Brasil, hospedada na editoria de Geral do site do Diário Catarinense. A seção também disponibiliza os contatos no DC, para quem quiser expor a sua procura.
Órfãos do Brasil
A equipe do Diário Catarinense realizou uma investigação jornalística e conseguiu localizar no Oriente Médio parte das crianças exportadas ilegalmente entre 1985 e 1988, cuja repercussão nacional provocou mudanças na legislação brasileira de adoção. A série de reportagens começou a ser publicada no dia 5 de agosto e termina neste sábado (11). Passados vinte e cinco anos, os jornalistas do DC fizeram o que as autoridades dos países envolvidos - especialmente o Brasil - não conseguiram até hoje: estabelecer laços entre mães e filhos vendidos.