A partir desta quinta-feira (2), os internautas poderão acompanhar, exclusivamente pelas redes sociais, o desenrolar de um dos episódios mais importantes da história de SC
Em vez de cartas, tweets. Em vez de jornal, uma página no Facebook. Em uma iniciativa pioneira no Brasil, a partir desta quinta-feira (2), o Diário Catarinense vai recontar os passos que levaram à Tomada de Laguna e culminaram na Proclamação da República Juliana, em 1839 - e um dos principais eventos históricos de Santa Catarina -, usando as mídias sociais Twitter e Facebook. Até o dia 15 de novembro, o leitor poderá acompanhar a saga do italiano Giuseppe Garibaldi, que queria o fim da monarquia e o início da República, pela internet e nas páginas do DC.
Por meio de contas no Twitter representando as principais figuras envolvidas no episódio e de uma página no Facebook com os detalhes da história, os internautas reviverão os acontecimentos tais como eles ocorreram, há exatos 172 anos. As datas e horários serão respeitados sempre que houver suficiente embasamento histórico, de maneira a montar uma narrativa "em tempo real". As cartas trocadas, os ofícios expedidos, os jornais publicados virarão frases de até 140 caracteres postadas pelos dez personagens criados no projeto "DC tuitando a #tomadadelaguna".
Giuseppe Garibaldi, no caminho para trazer suas barcas de Camaquã (RS) a Laguna (SC), postará sua localização geográfica via Foursquare. A rede social é usada pelos aficionados por celular e mobiles para compartilhar automaticamente o local em que estão pelo GPS, fazendo check-in onde chegam. Além do Foursquare, Garibaldi postará fotos do caminho via Instagram - um aplicativo do Iphone de compartilhamento de fotos instantâneas.
Os tweets dos diversos personagens serão centralizados em uma lista, que ordenará a história de forma cronológica e poderá ser seguida por qualquer pessoa que tiver uma conta no Twitter. O endereço é www.twitter.com/dconline/tomadadelaguna.
Para saber um pouco mais do projeto, há um vídeo no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=GIB6YERaugI&feature=channel_video_title
Como acompanhar:
Pelo Facebook - Você pode curtir a página do projeto (www.facebook.com/diariocatarinense) e receber as atualizações na sua página inicial.
Pelo Twitter - Você pode seguir a lista (www.twitter.com/dconline/tomadadelaguna) e receber os tweets na sua página principal.
Se você não tem contas no Facebook nem no Twitter, pode acessar o site no Twitter diariamente e acompanhar os eventos do dia (www.twitter.com/dconline/tomadadelaguna)
Os personagens republicanos
Giuseppe Garibaldi - Italiano conhecido por herói de dois mundos, Giuseppe Garibaldi (@gpgaribaldi) foi chamado por Bento Gonçalves (@bntgoncalves) para ajudar na Revolução Farroupilha em 1839 - principalmente por mar, especialidade de Garibaldi. É durante a #tomadadelaguna que o italiano conhece Ana Maria de Jesus Ribeiro (@anajesusr) e a transforma na mulher catarinense mais conhecida do mundo: Anita Garibaldi.
Anita Garibaldi - Ana Maria de Jesus Ribeiro (@anajesusr) nasceu em Santa Catarina e aos 14 anos casou, obrigada, com o sapateiro da Vila de Laguna. Em um casamento falido, conheceu Giuseppe Garibaldi (@gpgaribaldi) durante a #tomadadelaguna, aos 18 anos, em julho de 1839. A partir dessa época, Ana se torna Anita e acompanha Giuseppe nas lutas republicanas no sul do Brasil, no Uruguai e posteriormente na Itália.
Bento Gonçalves - Gaúcho líder da Revolução Farroupilha e presidente da República Rio-Grandense (proclamada em 1836), Bento Gonçalves (@bntgoncalves) conheceu Giuseppe Garibaldi (@gpgaribaldi) quando estiveram na prisão, no Rio de Janeiro. Bento organiza a expedição para a #tomadadelaguna e coloca David Canabarro (@dvcanabarro) como comandante das tropas terrestres e Garibaldi das frotas marítimas. Para o líder, a #tomadadelaguna era uma ação estratégica para expandir para o norte a Revolução Farroupilha.
David Canabarro - General responsável pela expedição na #tomadadelaguna, David Canabarro (@dvcanabarro) lutou pela causa republicana e comandou as tropas terrestres. Por ordem de Canabarro, Giuseppe Garibaldi (@gpgaribaldi) colocou fogo no seu próprio barco quando era atacado por barcos imperiais em Laguna e assaltou a Vila de Imaruim, em um episódio que Garibaldi relembra em suas memórias com arrependimento.
Marujo Luigi Carniglia - Italiano amigo de Giuseppe Garibaldi (@gpgaribaldi), Luigi Carniglia (@luigicarniglia) é chamado do Uruguai para reforçar a expedição a Laguna em 1839. Antes da #tomadadelaguna, Carniglia morre em um naufrágio, com outros seis marujos italianos que participam da expedição, deixando Giuseppe abalado.
Antônio Netto - Gaúcho comandante do exército farroupilha, Antônio Netto (@antnionetto) foi o responsável por proclamar a República Rio-Grandense em 1836. Como comandante, emitia ofícios e cartas com declarações de Bento Gonçalves (@bntgoncalves) sobre a proclamação da República Juliana em Santa Catarina.
Os personagens legalistas
Presidente da província de Santa Catarina - João Carlos Pardal (@presidentesc) era o responsável pela província durante o ano de 1839 e tentou coibir o avanço dos republicanos farroupilhas sem sucesso.
Comandante das tropas imperiais em Laguna - Vicente Paulo de Oliveira Villas-Boas (@celvillasboas) era o responsável pelas forças armadas na Vila de Laguna e informava representantes do Império (como o @presidentesc) dos "rebeldes" encontrados e das ideias republicanas que começavam a se espalhar no local. Comandou as tropas contra o ataque de David Canabarro (@dvcanabarro) e Giuseppe Garibaldi (@gpgaribaldi).
A imprensa
Imprensa de 1839 (@imprensa1839) - Durante a #tomadadelaguna, o assunto foi noticiado nos principais jornais da época, principalmente no jornal farroupilha O Povo (1838-1840) - escrito pelo italiano Rossetti, amigo de Giuseppe Garibaldi (@gpgaribaldi). Outros jornais, como o carioca Jornal do Comércio e O Imperialista (1839-1840) publicam notas sobre os "rebeldes" e "assassinos comandantes das tropas de Bento Gonçalves”.
A narração
Diário Catharinense (@dcatharinense) - Para narrar a história e tuitar os principais eventos da época, o Diário Catharinense (com "h", como se escrevia no século retrasado) participa da saga como se existisse em 1839. Será possível acompanhar as manchetes do dia, com "fotografias" do evento, produzidas pela equipe de ilustradores do DC.