
Professor Ely José de Mattos apresenta dados do iRS. Crédito: Omar Freitas.
Indicador de desenvolvimento econômico com a proposta de ser de fácil compreensão, o iRS chegou à sua quinta edição. Fruto de parceria entre
Zero Hora e PUCRS, com apoio da Celulose Riograndense, o estudo foi divulgado nesta terça-feira (7) e leva em conta três variáveis: padrão de vida, educação e longevidade/segurança.
O resultado deste ano – com dados de 2016, números mais recentes disponíveis – mostra, pela primeira vez, uma perda de posição do Rio Grande do Sul no ranking entre as 27 unidades da Federação. O Estado foi ultrapassado pelo Paraná e passou do quarto para o quinto lugar.
— O Paraná também caiu, mas mesmo assim nos ultrapassou. Ou seja, tivemos redução de ritmo muito maior — disse o coordenador da pesquisa, Ely José de Mattos, professor da Escola de Negócios da PUCRS. De acordo com Ely, os quesitos educação e longevidade/segurança tiveram as principais quedas.
A vice-presidente de Produto e Operações do
Grupo RBS, Andiara Petterle, destacou a parceria exitosa para elaborar o indicador, concebido quando Zero Hora completou 50 anos:
— O nosso propósito com o iRS é trazer informação e também articular pessoas para que possam propor soluções. Ao longo desta semana, vamos nos debruçar em cada uma dessas dimensões. Vamos trazer opiniões e visões de analistas e líderes com o objetivo de propor uma agenda de desenvolvimento. Esse é o nosso papel — apontou.
Indicador ganha relevância — Para Marcelo Rech, vice-presidente Editorial do Grupo RBS, o indicador mostra uma curva de tendência, que faz a observação de um período até mais relevante do que o resultado de um ano específico.
— O iRS É um compromisso da RBS. Tem inquestionável credibilidade porque está imune a questões políticas e partidárias e oferece ao RS um autoconhecimento. E a cada ano que passa o indicador ganha mais relevância — enfatizou.
No espaço das perguntas, o novo diretor-geral da Celulose Riograndense, Maurício Harger, perguntou para o professor Ely de que forma a iniciativa privada pode ajudar para o Rio Grande do Sul retomar o avanço. O coordenador do iRS frisou que o poder público tem atividades imprescindíveis, como segurança e educação, e a iniciativa privada se destaca por conseguir mobilizar a sociedade mais do que ações de governos.
Em 21 de agosto, será realizado um debate na Escola de Negócios da PUCRS para analisar os resultados do iRS.