
Claudio Toigo Filho. Crédito: Porthus Junior.
Mais de 140 pessoas, representantes de grandes forças locais de Caxias do Sul, acompanharam a apresentação do estudo “Persona – quem são e o que pensam os gaúchos?” na sede da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), na manhã desta sexta-feira (20). A cidade da Serra foi a segunda do Interior a conhecer a pesquisa – a primeira foi Lajeado, no começo do mês.
O CEO de Mídias, Claudio Toigo Filho, e o diretor-executivo de Marketing do
Grupo RBS, Marcelo Leite, falaram sobre a transformação da empresa e detalhes do Persona com recortes específicos para a região.
– Nós estamos aqui hoje para compartilhar o que a RBS tem feito e o que vai fazer para ajudar no desenvolvimento do Estado e desta região específica, tão importante para o Rio Grande do Sul. A grande mudança cultural que estamos fazendo é não ficarmos presos aos nossos produtos, mas, sim, aos desafios dos nossos parceiros e às necessidades do nosso público. O Persona é uma das iniciativas para executarmos nosso projeto empresarial – destacou Toigo.
Na sequência, Marcelo Leite explicou o estudo Persona e trouxe dados segmentados aos interesses de Caxias e arredores.
– A gente acredita que as decisões empresariais devem ser baseadas em fatos e dados. Isso passa por entendermos o nosso consumidor. O Persona é um conjunto muito rico de informações que nos ajuda no processo de comunicação efetivo com ele – disse Leite.
Entre agosto e setembro de 2017, a RBS e a Consumoteca uniram forças e mergulharam no universo dos gaúchos para entender o comportamento, os valores, a expectativa de futuro e os hábitos de consumo de quem vive no Rio Grande do Sul, dando origem ao estudo.
Um dos mais completos levantamentos já realizados sobre a identidade rio-grandense descobriu que existem cinco tipos de perfis entre a população, agrupados conforme a identificação de cada um com a cultura regional: “Gaúcho fiel (35%)”, “Gaúcho raiz (14%)”, “Gaúcho não praticante (24%)”, “Gaúcho exportação (14%)” e “Gaúcho desapegado (13%)”. Desses, 73% valorizam as tradições, ainda que apenas 49% participe. Ao contrário do senso-comum, a pesquisa revelou que os perfis extremos não são diferenciados pela idade, mas sim por fatores como escolaridade, estrutura familiar e renda.
O levantamento foi elaborado a partir de 1,8 mil entrevistas com pessoas de diferentes regiões do Estado. Além disso, 28 pessoas de diferentes cidades, faixas etárias e profissões contribuíram para a pesquisa concedendo entrevistas mais aprofundadas sobre as descobertas. O estudo contou, ainda, com a participação de seis especialistas em cultura e comportamento.