
Claudio Toigo Filho. Crédito: Priscila Rodrigues.
Apresentado em primeira mão ao mercado em novembro do ano passado, o estudo “Persona – quem são e o que pensam os gaúchos?” chega agora ao interior do Estado. Lajeado recebeu, nessa terça-feira (3), o CEO de Mídias, Claudio Toigo Filho, e o diretor-executivo de Marketing do
Grupo RBS, Marcelo Leite, para falarem sobre a transformação da empresa e detalhes da pesquisa voltados à região. O encontro, que recebeu cerca de 120 pessoas, representantes de grandes forças locais, ocorreu no Salão de Eventos da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (ACIL), e contou com as parcerias da ACIL, da CDL e do Sindilojas.
Claudio Toigo começou falando sobre a transformação que vem liderando na RBS, que envolve principalmente mudanças na relação com clientes e consumidores, e sobre a importância das pessoas nesse processo.
– Estamos trazendo aqui a Lajeado uma amostra do nosso processo de transformação. O Persona é o primeiro produto criado a partir de uma lógica de sermos cada vez mais parceiros de negócios. Estar com vocês aqui hoje atende ao nosso posicionamento e ao nosso propósito – destacou Toigo.
Na sequência, Marcelo Leite explicou o estudo Persona e trouxe recortes orientados aos interesses da região.
– Entender como pensa e o que sente um povo é chave para criar uma conexão efetiva com ele. Com o Persona, mergulhamos no universo dos gaúchos e tivemos muitas confirmações, mas também muitas surpresas. Lajeado, por exemplo, aparece como a cidade com mais desejo de empreender do Estado – disse Leite.
Entre agosto e setembro de 2017, a RBS e a Consumoteca uniram forças e mergulharam no universo dos gaúchos para entender o comportamento, os valores, a expectativa de futuro e os hábitos de consumo de quem vive no Rio Grande do Sul, dando origem ao estudo.
Um dos mais completos levantamentos já realizados sobre a identidade rio-grandense descobriu que existem cinco tipos de perfis entre a população, agrupados conforme a identificação de cada um com a cultura regional: “Gaúcho fiel (35%)”, “Gaúcho raiz (14%)”, “Gaúcho não praticante (24%)”, “Gaúcho exportação (14%)” e “Gaúcho desapegado (13%)”. Desses, 73% valorizam as tradições, ainda que apenas 49% participe. Ao contrário do senso-comum, a pesquisa revelou que os perfis extremos não são diferenciados pela idade, mas sim por fatores como escolaridade, estrutura familiar e renda.
O levantamento foi elaborado a partir de 1,8 mil entrevistas com pessoas de diferentes regiões do Estado. Além disso, 28 pessoas de diferentes cidades, faixas etárias e profissões contribuíram para a pesquisa concedendo entrevistas mais aprofundadas sobre as descobertas. O estudo contou, ainda, com a participação de seis especialistas em cultura e comportamento.