
Rodrigo Lopes. Crédito: Arquivo pessoal
Seis anos após o incêndio que consumiu importantes pesquisas desenvolvidas no último bastião de riquezas minerais do mundo, causando a morte de dois militares, o
Grupo RBS retornou à Estação Antártica Comandante Ferraz para mostrar como está sendo realizada a reconstrução das instalações no continente gelado. Uma empresa chinesa está coordenando os trabalhos, que devem estar concluídos em março de 2019. O investimento é de R$ 324,8 milhões.
O repórter especial de
Zero Hora Rodrigo Lopes embarcou no dia 2 de fevereiro, numa viagem que durou 16 dias. Acompanhando a Marinha, o jornalista saiu de Punta Arena, no Chile, rumo às obras da Estação Comandante Ferraz. Ao todo, 15 militares brasileiros coordenam a reconstrução, que conta com mais de 200 chineses.
O resultado da apuração está disponível a partir desta sexta-feira (2) em
GaúchaZH. Um webdocumentário dividido em três capítulos mostrará todos os detalhes da expedição, o trabalho de reconstrução e como é a vida na Antártica. Na Superedição deste final de semana, os leitores encontrarão o conteúdo em nove páginas do caderno DOC. No sábado (3), o Jornal do Almoço também exibirá uma reportagem sobre a viagem.
– Foi uma experiência pessoal e profissional impressionante. O gigantismo do continente nos dá uma boa sensação do quanto somos pequenos diante da natureza. Fazer jornalismo em condições inóspitas como essas foi muito desafiador. Mas, ao mesmo tempo, gratificante. Uma sensação de: "estou aqui, sou privilegiado, preciso contar isso tudo da melhor forma possível ao nosso público” – destacou Rodrigo Lopes.
A reportagem trará ainda os bastidores da viagem a bordo do navio Ary Rongel, pela passagem de Drake, um dos mares mais perigosos do mundo, com ondas de até sete metros. As más condições climáticas estenderam o retorno da Antártica para a América do Sul.
Rodrigo Lopes tem no currículo mais de 30 coberturas internacionais pelo Grupo RBS, entre elas as guerras no Líbano, em 2006, e na Líbia, em 2012, o furacão Katrina, nos EUA, em 2005, os terremotos no Peru, em 2007, e no Haiti, em 2010, e os atentados em Paris, em 2015. Também cobriu as três últimas eleições nos Estados Unidos (2008, 2012 e 2016). Em 2016, esteve no Iraque, onde produziu a reportagem especial "Sete dias na metrópole mais perigosa do mundo" e, no mesmo ano, cobriu a tragédia com o avião da Chapecoense, em Medellín.