Com a intenção de colaborar com o debate para o desenvolvimento do Estado, foi lançada nesta terça-feira, na sede do
Grupo RBS, a quarta edição do Índice de Desenvolvimento Estadual – Rio Grande do Sul (iRS). O indicador é fruto da parceria entre
Zero Hora e PUCRS, com apoio institucional da Celulose Riograndense.

Professor Ely José de Mattos apresenta dados do iRS. Crédito: Fernando Gomes.
Atingido pela crise na economia e com homicídios crescendo, o Estado teve o segundo ano consecutivo de queda na qualidade de vida da população, destoando da média nacional. O indicador, elaborado com dados de 2015, mostra que os gaúchos permaneceram em quarto lugar (0,646) no ranking geral, mas distanciaram-se de Santa Catarina (0,691), na terceira colocação, enquanto o Paraná (0,643), na quinta posição, aproximou-se.
– A ideia deste projeto é provocar o debate e não encerrá-lo, pois não existe consenso nesta área. O que buscamos é incentivar a sociedade para que discuta, para que seja protagonista diante dos desafios que temos pela frente – afirma o coordenador do curso de Economia da Escola de Negócios da PUCRS, Ely José de Mattos, que está à frente da equipe que elabora o iRS.
O Estado manteve as posições nas dimensões avaliadas: quinto em padrão de vida (0,617), terceiro em longevidade e segurança (0,720) e, no quesito onde o Estado vai pior, educação, permaneceu na oitava posição (0,608). Na dimensão padrão de vida, o Rio Grande do Sul teve queda. No ranking geral da qualidade de vida, uma novidade em 2015: o Distrito Federal assumiu a ponta no país. Tirou a liderança que São Paulo tinha desde o início da série.
Com foco na vida real e formato simplificado, o índice pondera o desempenho de Estados e do Distrito Federal em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidos, longevidade e segurança. O índice tem o mesmo referencial teórico do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – lançado em 1990 como complemento a levantamentos que avaliam apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
– O iRS é um exemplo nítido do nosso propósito. A RBS existe para fazer jornalismo e entretenimento para melhorar a vida das pessoas. E fazemos isso promovendo a discussão, para que a gente possa trabalhar juntos para o desenvolvimento de um Estado melhor – destacou o CEO de Mídias do Grupo RBS, Claudio Toigo Filho.
Uma novidade deste ano é o aperfeiçoamento metodológico na dimensão da educação. Além de levar em conta o desempenho nas séries iniciais, avaliado pela Prova Brasil, e o grau de distorção entre a idade ideal e a efetiva no Ensino Médio, foi agregada a análise de uma taxa de matrícula, também no Ensino Médio. Com isso, toda a série histórica foi revisada. Outra inovação diz respeito ao formato de discussão das conclusões. Nos anos anteriores, eram promovidos debates separados sobre cada uma das dimensões, para estimular a troca de ideias e tentar encontrar soluções em cada área. Agora, será realizado em 22 de agosto, na PUCRS, um grande fórum único para discutir os resultados da quarta edição do iRS e as perspectivas para o Estado. O evento será aberto ao público.