Tuesday, 21 de March de 2017

Revista Donna anuncia as vencedoras da segunda edição do Prêmio Donna Mulheres que Inspiram

Elas foram escolhidas entre 10 finalistas indicadas por cerca de 100 profissionais de diferentes áreas por fazerem a diferença para a sociedade
Vencedoras do Prêmio Donna Mulheres que Inspiram (Da esq. p/ dir: Marli Medeiros, Babi Souza e Patrícia Palermo). Crédito: André Ávila.   Vencedoras do Prêmio Donna Mulheres que Inspiram (Da esq. p/ dir: Marli Medeiros, Babi Souza e Patrícia Palermo). Crédito: André Ávila. Para valorizar histórias de mulheres que fazem a diferença, a revista Donna realizou a cerimônia de entrega do Prêmio Donna Mulheres que Inspiram nesta segunda-feira (20). O evento ocorreu na Casa Destemperados, onde foram anunciadas as três vencedoras: Babi Souza, Marli Medeiros e Patrícia Palermo. A equipe da revista consultou cerca de 100 profissionais de diferentes áreas, como cultura, ciência, moda, economia e ação social, além de jornalistas e colunistas do Grupo RBS, que foram convidados a nominar mulheres que fazem a diferença e que são inspiradoras em diferentes campos da sociedade. Foi formada uma comissão que chegou a uma lista com as 10 finalistas. Na superedição de Zero Hora de sábado (25), Donna apresentará um perfil das três premiadas. Confira abaixo um pouco da história de cada uma: Babi Souza Criadora do movimento “Vamos Juntas?”, que estimula mulheres a convidar umas às outras para circular juntas e promoveu dezenas de outras iniciativas sob o conceito de sororidade, a irmandade entre mulheres. Para esse Carnaval, por exemplo, a página fez um ensaio mostrando o que é uma abordagem aceitável e o que deve ser considerado assédio. Hoje, simultaneamente ao “Vamos Juntas?”, ela toca a Bertha Comunicação, que impulsiona negócios geridos por mulheres no meio digital. O movimento já rendeu um livro – “Vamos Juntas? O Guia da Sororidade para Todas” (Record Galera, 2016). Marli Medeiros Com o Ensino Fundamental e três filhos debaixo do braço, Marli Medeiros saiu de Alegrete rumou a Porto Alegre em 1975 para ela e o marido trabalharem como zeladores no Bom Fim. Não demorou para Marli transformar o lugar em casa de passagem e, um a um, trazer os parentes da fronteira para a Vila Pinto, que passava por um programa de habitação popular na década de 1980. Por anos, comandou reuniões semanais entre mulheres que eram fiscalizadas de perto por traficantes. A grande oportunidade para a comunidade viria depois de Marli realizar um curso da ONG Themis, que fez dela promotora legal popular. O cargo a colocou em um ônibus com as 30 grandes pensadoras da questão da mulher no Brasil para um encontro na Argentina, em 1995. Patrícia Palermo Economista-chefe da Fecomércio-RS e professora universitária, Patrícia Palermo teve êxito em uma profissão em que, nos cálculos dela própria, “contam-se nos dedos as mulheres de referência e é capaz de não encher as mãos”. Nascida e criada em Porto Alegre, Patrícia é da primeira geração de sua família a entrar em uma universidade. Aos 18 anos, encantada com o conteúdo de uma palestra com um economista da ONU sobre pobreza, ela tomou a decisão de trocar a Farmácia pelas Ciências Econômicas da UFRGS em uma corrida de ônibus até o Campus do Vale. Acertou tanto na escolha que já era doutora antes dos 30.  Não bastasse a dura tarefa de analisar o cenário brasileiro de crise econômica profunda desde 2014, Patrícia conciliou o trabalho na Fecomércio com um tratamento agressivo contra o câncer de mama que se estendeu até janeiro passado. Se orgulha, todavia, de jamais ter se afastado do trabalho.