Tuesday, 26 de July de 2016

Reportagem conjunta do Grupo RBS denuncia fracasso do regime semiaberto no RS

Sistema prisional foi investigado por dois meses por repórteres do Diário Gaúcho, Rádio Gaúcha, RBS TV e Zero Hora
Reportagem conjunta Regime Sempre Aberto. Crédito: Arte RBS TV Reportagem conjunta Regime Sempre Aberto. Crédito: Arte RBS TV Há dois meses, repórteres do Diário Gaúcho, Rádio Gaúcha, RBS TV e Zero Hora investigam o sistema prisional gaúcho. O resultado desse trabalho é a reportagem multiplataforma “Regime Sempre Aberto”, que retrata com detalhes o fracasso do regime semiaberto no Rio Grande do Sul. Segundo dados apurados junto à Polícia Civil, o descontrole nos albergues facilitou, nos últimos 16 anos, 67,1 mil fugas. Das prisões realizadas pela Delegacia de Capturas, 27% são apenados do semiaberto, sendo que um terço deles é flagrado cometendo novo crime. O conteúdo completo circula nesta terça-feira (26) nos sites de todos os veículos da RBS e estará na edição impressa de Zero Hora e do Diário Gaúcho nesta quarta-feira (27). Na manhã desta terça, os repórteres Renato Dorneles, Cid Martins, Fábio Almeida e José Luís Costa, autores das matérias, contaram bastidores do trabalho conjunto no programa Gaúcha Atualidade, da Gaúcha. – Eu não tenho dúvida que este é o raio-x mais completo do semiaberto que já fizemos. Os dados que levantamos mostram bem essa realidade. Falamos que o semiaberto permite que os presos saiam de lá e formem uma quadrilha do lado de fora, mas também há casos em que o semiaberto os une à noite e eles assaltem de dia – contou o repórter da editoria de Polícia do Diário Gaúcho, Renato Dorneles. O especial foi coordenado pelo editor-chefe do Diário Gaúcho, Carlos Etchichury, e teve início a partir de uma provocação do vice-presidente Editorial do Grupo RBS, Marcelo Rech: – Estamos cada vez mais empenhados em mergulhar a fundo em alguns temas que são do nosso cotidiano, que exigem um olhar multiplataforma e mais aprofundado, e que se vá até as raízes para se encontrar soluções para estes problemas que atingem a população. E nada melhor do que fazer isso com um olhar múltiplo de todas as plataformas de mídia, cada uma com as suas potencialidades, para que se gere um processo de transformação, muito de acordo com o nosso propósito – destacou Rech.