Thursday, 5 de May de 2016

Diário Gaúcho publica série recuperando histórias de crianças após 16 anos a partir de uma fotografia

Em quase três meses de apuração, a repórter Aline Custódio e o fotojornalista Mateus Bruxel mergulharam nas memórias dos filhos de Rozeli, atendidos no ano 2000 pela entidade Renascer da Esperança, no Bairro Restinga, em Porto Alegre
Rozeli da Silva cercada pelas crianças atendidas pela Renascer da Esperança em outubro de 2000. Crédito: Andrea Graiz Rozeli da Silva cercada pelas crianças atendidas pela Renascer da Esperança em outubro de 2000. Crédito: Andrea Graiz Diariamente, o Diário Gaúcho inspira transformações na vida de seus leitores a partir das notícias e narrativas em suas páginas. Nesta quinta-feira (5), sexta-feira (6) e sábado (7), o jornal do Grupo RBS publica uma série de reportagens que, a partir de uma fotografia, recupera oito histórias após 16 anos: dos chamados filhos de Rozeli da Silva, uma gari do Bairro Restinga, em Porto Alegre, que vendeu sua casa para dar um futuro melhor às crianças carentes da comunidade na entidade assistencial Renascer da Esperança. A imagem que estampou a capa do Diário Gaúcho em uma das edições do seu primeiro ano de vida, em 2000, desafiou a repórter Aline Custódio e o fotojornalista Mateus Bruxel a mergulharem nas memórias esfareladas pelo tempo. – Recuperar uma história que tem quase 16 anos, a partir de uma fotografia, foi um desafio muito além da dificuldade de localizar as pessoas retratadas na imagem. Foi um mergulho em solidão, sofrimento, exclusão e amor ao próximo. Foram semanas de pesquisa e de conversa, envolvendo mais de 100 moradores da região. Nesta empreitada foi fundamental a parceria do fotojornalista Mateus Bruxel. Desde o início, ele abraçou o desafio e esteve comigo em momentos decisivos. Em cada nova descoberta, em cada nova entrevista, sofremos juntos. Não foi fácil. Talvez, a mais difícil história que contei 16 anos de profissão. O que nos conforta é que há histórias boas, de união e de afeto que se perpetuaram ao longo do período – conta Aline. Foram quase três meses de apuração jornalística. Com o auxílio de Rozeli e da comunidade, a reportagem revela que nem todos continuaram sorrindo como na foto, que foi o primeiro registro fotográfico da entidade, que completa duas décadas este ano. Dos 13, oito foram localizados e terão as histórias contadas. Desses, metade já morreu. Cinco não foram identificados. As reportagens podem ser conferidas nas edições impressas e no site do Diário Gaúcho.