
Foto: Luis Antonio Hangai (Diário Catarinense), Humberto Trezzi (Zero Hora), Paulo Saldaña (O Estado de S. Paulo), Lauro Neto (O Globo) e Felippe Aníbal (Gazeta do Povo). Crédito: Lu Valiatti | Divulgação.
Zero Hora e
Diário Catarinense são vencedores do Prêmio Estácio de Jornalismo na categoria impresso nacional com a reportagem
Universidades S/A. Em cerimônia realizada na noite desta quarta-feira (30), no Rio de Janeiro, foram reconhecidos os melhores trabalhos de imprensa do ano que abordam temas relevantes para o ensino superior no Brasil. A reportagem premiada dos veículos do
Grupo RBS foi produzida numa parceria inédita com O Globo, O Estado de S. Paulo e Gazeta do Povo.
Publicada em 12 de abril de 2015 nos cinco jornais,
Universidades S/A apresentou uma profunda investigação sobre a gestão das universidades públicas brasileiras, que revelou negócios privados, contratos obscuros e intermediações feitas por fundações envolvidas em irregularidades nas instituições. Ao longo de quatro meses, mais de 20 jornalistas ouviram 105 pessoas e pesquisaram mais de 3,2 mil páginas de documentos, entre inquéritos, PADs, acórdãos, relatórios de auditoria, contratos, convênios, pareceres, ofícios, planilhas de pagamento e notas fiscais.
A participação de Zero Hora foi fundamental para mostrar que professores universitários são mais bem pagos por horas trabalhadas fora da universidade do que dentro dela. A equipe de reportagem do jornal investigou ainda como um alto funcionário do Ministério da Saúde fez mestrado viajando nos dias das aulas. Já o Diário Catarinense apurou dados alarmantes sobre as fundações universitárias, que já são mais de 2,5 mil no Brasil e se envolvem cada vez mais na intermediação de serviços. Muitas são entidades criadas e geridas por docentes que participam da direção da universidade, com frequência em flagrante conflito de interesses.