Friday, 10 de July de 2015

Diário Gaúcho e Zero Hora produzem matéria em conjunto sobre jovens assassinados

Durante dois meses, repórteres dos dois jornais visitaram delegacias de 19 municípios da Grande Porto Alegre para investigar as mortes de crianças e adolescentes
Crédito: Luiz Armando Vaz Crédito: Luiz Armando Vaz Ao longo de quase dois meses, os repórteres Carlos Ismael, de Zero Hora, e Eduardo Torres, do Diário Gaúcho, estiveram em delegacias de 19 municípios da Grande Porto Alegre para investigar as 50 mortes de crianças e adolescentes ocorridas nos primeiros cinco meses do ano. O resultado do trabalho em conjunto estará nas páginas de ZH e DG na próxima segunda-feira (13), com o título Adolescência Assassinada. – O que fizemos foi um levantamento de fôlego. Constatamos que o jovem está no meio de uma linha de tiro e que, quando uma vida se perde, deve-se multiplicá-la por três ou quatro vidas reais. A perda afeta uma família inteira – analisa Eduardo Torres. – O trabalho foi intenso, pois tivemos que percorrer cada uma das delegacias da Região Metropolitana. Nosso papel era, a partir do aumento significativo do número de jovens assassinados, tentar entender como eles são levados para a situação de risco. A surpresa foi perceber o papel que a escola exerce na vida desses jovens, servindo de refúgio para eles – explica Carlos Ismael. Carlos Ismael e Eduardo Torres levantaram que, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 61,2% de assassinatos de jovens – 62% deles tinham entre 16 e 17 anos. Entre os dados levantados, destaca-se o número de vítimas mortas por engano ou por bala perdida, que é de 36,7%.