O jornalista Eduardo Matos, da Rádio Gaúcha conquistou a fase nacional do 1º Prêmio MPT de Jornalismo, do Ministério Público do Trabalho, na categoria radiojornalismo. O anúncio foi feito, na noite de quinta-feira (11), durante cerimônia realizada no espaço para eventos Villa Rizza, em Brasília. Matos já havia obtido vitória na fase regional Sul. A distinção foi alcançada com a série de reportagens "Os Estrangeiros e a luta por trabalho", transmitidas nos programas "Gaúcha Atualidade" e "Chamada Geral 2ª Edição", de 16 de julho de 2014, e "Brasil na Madrugada", do dia seguinte.
A comissão julgadora avaliou 542 trabalhos inscritos em oito categorias. Foram selecionados 34 trabalhos, que venceram as premiações regionais e concorreram na nacional. Os trabalhos avaliados abrangeram os temas fraudes nas relações de trabalho; trabalho escravo contemporâneo; trabalho infantil; discriminação de gênero, cor e pessoas com deficiência; meio ambiente do trabalho; promoção da liberdade sindical; trabalho portuário e aquaviário; e irregularidades trabalhistas na administração pública. As reportagens avaliadas foram publicadas em veículos de todo o País, entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de julho de 2014.
A cerimônia foi coordenada pelo procurador-geral do Trabalho, Luis Antonio Camargo de Melo. Entre o público presente, estavam os procuradores do Trabalho com atuação no Rio Grande do Sul Paulo Joarês Vieira (procurador-chefe substituto eventual), Philippe Gomes Jardim (coordenador nacional da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho - Codemat) e Roberto Portela Mildner.
Sobre a reportagem “Os Estrangeiros e a luta por trabalho”:
O trabalho da Rádio Gaúcha constatou uma nova onda migratória no Rio Grande do Sul. Ganeses aproveitaram os vistos de turistas para a Copa do Mundo Fifa e decidiram ficar no Brasil, pedindo refúgio. A partir dessa nova onda migratória, a reportagem foi a campo para saber como está a realidade dos estrangeiros que vivem ilegalmente no Rio Grande do Sul. Ao conversar com dezenas deles, entre senegaleses, argentinos, colombianos, ganeses e peruanos, foi possível constar a dificuldade que enfrentam na busca de uma vaga no mercado de trabalho.
— Em função da documentação irregular, o máximo que a grande maioria conseguem são pequenos bicos. Para sobreviver, recebem ajuda de voluntários, principalmente vinculados à igreja católica. Os que conseguem um trabalho, ganham pouco e mandam mais da metade do salário para as famílias nos países de origem — relata Eduardo Matos.
Entre as fontes ouvidas, estão os estrangeiros, voluntários e representantes do Ministério da Justiça, Governo do Estado, Igreja, Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública da União e Polícia Federal.
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