Uma profunda reformulação editorial, gráfica e de marca será entregue aos leitores de Zero Hora a partir da manhã desta quinta-feira (1º/5). Tanto no papel quanto no online, em tablets e nos celulares o público perceberá as mudanças, que fazem parte das celebrações dos 50 anos do jornal e dão início a um ciclo de reposicionamento e transformação. Na noite desta quarta-feira (30), o reposicionamento foi apresentado para convidados em uma cerimônia na Redação do jornal, em Porto Alegre.
– Vivemos em um momento de grandes transformações a partir de dois grandes fatores. Um é o público, que está mudando seu jeito de se relacionar e de consumir informação, e outro é a tecnologia, que está provocando impactos gigantescos no nosso modo de viver. A transformação de ZH está fundamentada nessas duas premissas porque entendemos que, como veículo de comunicação, temos de ir à frente para atender as demandas do nosso público e, assim, nos mantermos relevantes e participantes desse momento de grande oportunidade que estamos vivendo – avalia
Eduardo Sirotsky Melzer, presidente do Grupo RBS.
Uma das mexidas de maior impacto é na forma de se ler o jornal. Até hoje, as notícias estavam organizadas por “Política”, “Economia”, “Mundo”, “Geral”, “Polícia”, “Esportes” e “Segundo Caderno”. A partir de amanhã, ao invés de sete editorias serão quatro: “Notícias”, “Sua Vida”, “Esporte” e “Segundo Caderno”.
– Estamos nos organizando a partir da vida, da rotina e das necessidades dos nossos leitores e não mais pelo que era tradicional no jornalismo. Queremos que nossos leitores se vejam e se sintam cada dia mais representados e atendidos pelo nosso trabalho – explicou Marta Gleich, Diretora de Redação de Zero Hora.

Cerimônia 50 anos ZH (créditos: Jefferson Botega).
Novos colunistas, novos cadernos e cadernos reformulados, mudança de projeto gráfico, paleta de cores, tipografia, maior espaço para arte, ilustração e infografia, além de maior foco em vídeos complementam as principais mudanças na forma.
– Teremos mais reportagens de fôlego. Hoje temos uma reportagem especial nas páginas 4 e 5. A partir de amanhã, serão três especiais diárias, além de maior aprofundamento e interpretação. Teremos um jornal mais leve em número de notícias durante a semana para que possamos melhorar o mergulho nos conteúdos. O domingo ganha ainda mais peso e um caderno novo, o “Proa” – destaca Marta.
Outra surpresa para o leitor será a marca. O que era um apelido conhecido e carinhoso de Zero Hora vira a estrela da capa: apenas “ZH”, com Zero Hora escrito por extenso na lateral da sigla. A nova marca e o novo projeto gráfico, concebidos pelo designer Newton Bento, ganha também um ícone: o triângulo amarelo, inspirado nos feixes de luz, nos pins localizadores dos GPS, nas dobras de página ou nos marcadores de livros. As três pontas do triângulo também lembram as três plataformas onde está presente ZH: papel, online e mobile.
Estação ZH nos parques de Porto Alegre
A Estação ZH será um espaço cultural itinerante, que estará montado nos principais parques de Porto Alegre até dezembro deste ano. O espaço terá shows, espetáculos infantis, pedalada e piquenique, inicialmente no Parque da Redenção, de 1º de maio até 15 de julho. Trata-se de um local de atrações e atividades gratuitas para o público, que vai funcionar dentro de um ambiente diferenciado em uma estrutura de 162 metros quadrados formada por seis módulos que lembram contêineres. A programação está em anexo.
Novo site + mobile
A partir do dia 1º de maio, os leitores encontrarão uma
zerohora.com mais leve, clean e moderna, com uma melhor organização da informação e da navegação, permitindo que tanto os conteúdos mais importantes como os espaços publicitários ganhem mais destaque. Além do lançamento do novo site para web, o endereço também será agora adaptável para navegação em celulares. A nova ZH também contará com novos aplicativos nativos para os smartphones Android e iOS.
Campanha dos 50 anos
Para levar até o público de Zero Hora a tradução dessa transformação do jornal e engajar os leitores nesse momento de mudança, uma campanha publicitária dos 50 anos foi produzida pela agência Escala. Com o lema “Vire novas páginas”, que também remete ao ato de ler o jornal, o material traz um sentido de mudança da ZH, assim como na própria vida das pessoas.
Livro dos 50 anos
Zero Hora lança no seu aniversário um livro comemorativo aos 50 anos do jornal, que também estará disponível nos próximos dias para download gratuito em versão para tablets, onde virá acompanhado de conteúdos extras em áudio e vídeo. O material foi organizado pelo jornalista Moisés Mendes, de ZH, e editado por Pedro Haase. São 240 páginas com conteúdos que recontam a história de fatos retratados pelo jornal ao longo das décadas, desde 1964, e também com momentos marcantes da história do próprio jornal.
Um pouco da história de ZH
- 1964 - No dia 4 de maio circulava a primeira edição de Zero Hora, substituindo o Última Hora, fechado cerca de um mês antes. Criado pelo empresário Ary de Carvalho, o jornal funcionava na Rua Sete de Setembro, 788, no Centro de Porto Alegre.
- 1965 - Zero Hora sofreu mudanças significativas de forma e conteúdo e passou a ter seu primeiro encarte: o Segundo Caderno.
- 1967 - Jayme Sirotsky e Maurício Sirotsky Sobrinho se associam a Ary de Carvalho no jornal.
- 1968 - Começaram os preparativos para a construção de uma nova sede que comportasse o ritmo de crescimento do jornal.
- 1969 - A obra da nova sede do jornal na Av. Ipiranga, 1075 – onde funciona a redação até hoje – foi concluída.
- 1970 - A então Rede Brasil Sul (RBS), atualmente Grupo RBS, assume o controle total de Zero Hora.
- 1972 - Zero Hora inaugura um escritório em Brasília.
- 1973 - Um incêndio, no dia 28 de março, destrói parte da redação e dos arquivos, consumindo mais de 2 mil negativos de fotografias. ZH não para. A redação se transfere para o Jornal do Comércio, onde a edição é impressa.
- 1975 - Zero Hora passa a circular nos 232 municípios gaúchos, sendo reconhecida pelo Instituto Marplan como o jornal de maior venda avulsa no Estado.
- 1980 - O periódico se torna o mais lido na Grande Porto Alegre, nos sete dias da semana.
- 1984 - Tornou-se o quinto maior jornal do país, com mais de 3 milhões de exemplares vendidos por mês.
- 1988 - Uma nova redação informatizada foi inaugurada, substituindo as velhas máquinas de escrever por computadores.
- 1989 - Zero Hora, que já trabalhava com uma tiragem de 130 mil exemplares nos dias úteis e reunia um total de 30 mil assinantes, realizou uma significativa mudança gráfica a fim de tornar a leitura do periódico mais fácil e agradável.
- 1995 - O jornal ingressou na internet e, em pouco tempo, passou a fazer uma reprodução online de 80% da versão impressa e a produzir conteúdo exclusivo para a plataforma digital.
- 1997 - O parque gráfico foi ampliado e a empresa adquiriu uma nova rotativa, a Newsliner, que permitiu um salto em qualidade. No mesmo período, um complexo gráfico foi inaugurado em Cruz Alta para agilizar a impressão e a distribuição de Zero Hora no noroeste gaúcho.
- 2000 - O processo de produção do jornal tornou-se totalmente digitalizado e Zero Hora passou a oferecer o primeiro serviço online de classificados do país.
- 2005 - Zero Hora passou por uma nova reformulação gráfica, dando mais espaço às imagens.
- 2007 - A equipe de ZH Online, que ocupava salas próprias, integrou-se à redação, e os profissionais passaram a produzir conteúdo de forma integrada para plataforma digital e versão impressa.
- 2009 - Zero Hora inaugurou um novo complexo de impressão e distribuição, o Parque Gráfico Jayme Sirotsky.
- 2009 - A partir de dezembro, ZH podia ser acessada a partir do Kindle, sendo o segundo jornal da América Latina a disponibilizar o conteúdo para leitura eletrônica no aparelho criado pela Amazon.
- 2010 - Zero Hora inovou no jornalismo mundial com a publicação do primeiro editorial interativo em sua página online.
- 2011 - O jornal lançou um aplicativo para a leitura do periódico e o acesso a conteúdos multimídia por meio do iPad, tablet da Apple.
- 2012 - Zero Hora adota o paywall, forma de acesso ao conteúdo digital que convida o leitor a fazer uma assinatura digital quando ele atinge um determinado número de matérias acessadas mensalmente no site. ZH é o segundo jornal do país, depois da Folha de S.Paulo, a aderir à tendência, estratégia adotada por jornais em todo o mundo como nova forma de rentabilização e, com isso, garantir a qualidade do conteúdo produzido.
- 2014 - O jornal promove uma grande transformação em sua forma e conteúdo, ampliando o relacionamento com seus públicos e inovando em todas as plataformas.

Cerimônia 50 anos ZH (créditos: Jefferson Botega).

Cerimônia 50 anos ZH (créditos: Jefferson Botega).

Cerimônia 50 anos ZH (créditos: Jefferson Botega).
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